quarta-feira, 3 de março de 2010

Estou no meio de uma tpm absurda, daquelas que me deixa até preocupada.

Mas será que é só isso?
De repente, não mais que de repente, uma fúria inacreditável toma conta de mim. 
Tá certo, não é assim tão de repente...mas quando me dou conta, já estou possuída por uma raiva que não sei nem pra onde vai.
Tudo incomoda. A claridade, os cheiros, os sons, as vozes, os assobios (ah...esse sim me enlouquecem!) e tudo mais que possa estar ao meu redor. E o que eu posso fazer? Absolutamente nada.
Tenho que ficar aqui, e tentar ser educada com pessoas que tenho vontade de arrancar a cabeça fora.
Que maravilha.

Bom, hoje descobri que eu não gosto de psicologia. 
Sempre achei que gostasse...sempre pensei que era um curso que um dia eu faria. Big mistake.
Eu quero mais é que se foda. As teorias e as pessoas.
No final das contas tudo vira bosta, e o que importa mesmo sou eu, e como me sinto, e a minha falta de controle deve ser administrada por mim e pronto, e acabou.
Tá certo...talvez eu leia isso aqui amanhã ou depois e até dê risada da minha própria cara, e do meu descontrole (?!).

Estou de saco cheio.
Saco cheio das minhas músicas, da minha cara, do meu corpo, das minhas roupas, do meu trabalho, da minha solidão, do meu vazio, da minha saudade, das minhas unhas roídas e desse esmalte rosa descascado.
Estou de saco cheio da idiotice das pessoas, da mesmice delas e da falta de capacidade de serem decentes.
Estou de saco cheio das limitações mentais, e da minha limitação espiritual.
Estou de saco cheio de ter esses rompantes de raiva, que nem o trileptal segura.
Estou de saco cheio de sentir falta de pessoas que estão pouco se fodendo pra mim ou pra qualquer outra pessoa/coisa.
Eu estou pouco me fodendo pra tudo.
Mas não posso viver isso, porque eu tenho uma vida pra viver, e essa vida tem que ser vivida.
Mas que saco. 
Mas que saco.
Que saco!

Estou enjoada desse ar que respiro, e cansada das mesmas caras, dos mesmos lugares, e das mesmas mesmices.
Mas não importa, porque não vou mudar mesmo. E não importa, porque se mudasse, em breve meu saco se encheria de tudo de novo, e de novo, e de novo.

Estou de saco cheio das minhas nóias e insatisfações comigo mesma.
Estou de saco cheio da minha auto-estima baixa misturada com minha prepotência mentirosa que nem a mim engana mais.
Estou de saco cheio da vidinha medíocre que vivo, e viverei até que meus dias terminem.
Estou de saco cheio da falta de paciência com tudo, a começar comigo mesma.
Estou de saco cheio da minha indignação com tudo ao meu redor, com a minha impossibilidade de mudar, e da minha falta de bom senso que me impede de aceitar o que não posso mudar.
Estou de saco cheio desse dedo doendo, e das pontas dos dedos formigando, e do meu estômago doendo, e do meu tecido adiposo excessivo, e da minha insatisfação.

Estou de saco cheio do meu saco cheio.

Não posso fazer nada.
Só reclamar, e reclamar.
E depois reclamar por ser a pessoa reclamona que sou.
E logo depois me criticar por estar reclamando.
E logo depois pensar que não deveria reclamar, pois tem muitas pessoas com motivo de verdade pra reclamar, e não reclamam.
E logo depois tocar o foda-se pra essas pessoas, e pras outras também.
E logo depois me sentir uma idiota por estar sendo tão infantil e idiota.
E logo depois voltar a sentir tudo de novo.
E de novo.
E de novo.

Compulsiva.

Um comentário:

  1. Porra é pra judiar do meu dedo segurando mouse ou da minha vista cansada (31 côléga) pra ler esse tamanhinho de letra...
    Voce sabia que o twitter tem sua cara?

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