quarta-feira, 28 de abril de 2010

"Sim, eu estou tão cansada, mas não pra dizer que não acredito mais em você...
Sim, eu estou tão cansada, mas não pra dizer que eu tô indo embora..."

Neologísticamente Ga-gagueijando

Sem mais remoeção do que já se fez farelo
E por mais mosaicado que tenha se tornado 
este tambor desafinado e desritmado
Ainda forte bate, e bombeia vermelhidão para minhas boxexas rosadas
Sim, minhas!Mi-nhas.
Assim como estes olhos marejados 
Simples e coloridos como qualquer toco ao chão
Brilham bonitamente, mesmo que turveando a visão do adiante
E adiante caminhante
Para frente lentamente
Mas para frente.
Bicho de Sete Cabeças
Composição: Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Renato Rocha
 
Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez desapareça
Cresça e desapareça...

Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso
E você fez
Um Bicho de Sete Cabeças...

terça-feira, 27 de abril de 2010

mais um dia...

de atualizações neuróticas do e-mail.
mas hoje não chegará nenhum.
não...não hoje.
nem amanhã.
nem depois.

que silêncio...
que vazio...
que tristeza...
que alívio...
que sono.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

para sempre para nunca.

Aqui estou, mais uma vez perdida em meio há tantas horas que insistem em não passar.
Não consigo olhar pra frente, nem pra trás.
Estou parada no tempo.
Tempo que já pedi para voar, e quando chegava a hora, implorava para parar.

Aqui estou, mais uma vez sentindo esse cheiro de saudade, essa moleza de pressão que baixa.
Mais uma vez lutando para não me entregar para a tristeza.
Seria isso tristeza?!

Desisto. Chega, cansei...
Bandeira branca.
Não consigo mais lutar.
Nem o dragão de São Jorge, pra me ajudar nessa batalha que parece eterna.
Batalha que perdi há muito tempo...batalha que eu mesma criei.
Batalha injusta né?
Davi e Golias, mas na história real, quem ganha é quem é amada, de verdade.
E não a fadinha nova e engraçada.
Não aquela que faz rir, mas aquela que faz história.
E nessa história sou apenas personagem de um capítulo, quem sabe dois...

Onde estava com a cabeça?
Nas nuvens...sem dúvida.
E quantas vezes...quantas vezes esse meu vôo terminou em tragédia...
Quantas vezes me recuperei.
Quantas vezes fiquei internada recebendo gota a gota soro de vida, para superar.
Quantas vezes superei e sorri de novo.
Quantas vezes acreditei que não tinha terminado...
Sem saber que pode tudo ter sido um sonho...

E que sonho lindo foi esse que me envolveu..
Ou que eu me envolvi?
Teria eu criado em minha mente tão fértil, essa história de amor eterno?

Te peguei emprestado, e não quis devolver..
Mas minha mãe já dizia...o que não é nosso, deve ser devolvido.
"se ama algo e quer saber se te pertence...deixe ir...se não voltar, é porque nunca foi"

Nunca foi...nunca seria...nunca será.

"Quem de nós dois vai dizer que é impossível o amor acontecer?
Se eu disser que já não sinto nada, que a estrada sem você é mais segura..."

Nunca quis segurança.
Só o que eu queria era segurança..

"no vão das coisas que a gente disse, não cabe mais sermos somente amigos
e quando eu digo que eu já nem quero, a frase fica pelo avesso, meio na contra mão..."

E assim continuo, nunca pra frente.
Sempre indo, e voltando.
Cada passo a diante, dois pra trás.

E em meio à tanta confusão, tento tirar o lado bom das coisas, e a elas me apegar.
Mas de que adianta?
Pra que tudo isso?
Sempre volto para o mesmo ponto.
Esse, onde dói...onde arde, onde olho pra cima, pra baixo e pros lados, e sinto esse cheiro de saudade.
Quantas voltas esse mundo deu...quantas certezas quebradas por convicções que nunca tive.
Quanta confusão.

Eu sei que dói.
Eu sei que esse nó na garganta quase me derruba aqui mesmo, agora.

E tudo acontecendo ao meu redor...e as pessoas, os lugares...todos personagens de um pesadelo que não termina.

Quanto eu pensei...que era a pessoa mais feliz do mundo.

E George Harison cantarolando "here comes the sun"...
it´s all right.....

Vamos lá.
Mais uma vez, em frente.
Mais uma vez rumo ao ''sabe-se lá onde''.
Mas é preciso continuar, certo?
E vai ficar tudo bem, certo?
E no final tudo dá certo, certo?

Então tá.

Mais uma vez, só quero que passe.
Mais uma vez só queria que nunca tivesse acontecido.
Mais uma vez acho isso um crime, inafiançável.
Mais uma vez sem sentido, mais uma vez injusto.
Injusto.
Mais uma vez, cada um tem exatamente aquilo que merece.

E comigo não haveria de ser diferente.

Eu que aguente.

terça-feira, 20 de abril de 2010

heart of glass

Assim, sem saber de onde vêm
Pensares continuam a aflorar todas as manhãs
E após um dia tremendamente dolorido de se 'ser'
Escureceu como sempre adoro, e clareou como sempre temo
Mas o temor foi levado por uma brisa fresca incomum e adorável
E então vivenciei novamente alegria de ser
Ser ali, ser aquela, ser enquanto for
E olhando pelo retrovisor vejo tantas Anas, tantas tantas Anas
Tantas brisas não sentidas, tantas ventanias tão vividas
Sorri de verdade um riso baixinho e cinematográfico
Sentindo um fluffy na barriga, voltei a cochilar.




segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sem nenhuma...

paciência.

Hoje TÁ FODA.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Lembrei!!!

Como um milagre (q?!) lembrei-me de uma das reflexões matinais de hoje.

Estava eu, dentro de meu vestidinho plush cinza, minha legging preta e minhas botas, ouvindo Chico Buarque (a-mo) a caminho de mais um dia no meu trabalho entediante e nada construtivo querido, quando aquela avalanche de pensamentos e sentimentos - fruto da minha válvula de onisciência um pouco afrouxada - tomou conta do meu ser.

Ao som de Olhos nos Olhos ...

Composição: Chico Buarque
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

...comecei  a pensar - como sempre - em como identifico-me com a letra, em relação ao relacionamento com aquela pessoa sobre a qual eu não falo, e tive um insight. Um não, vários.
Vamos por parte.
Primeiro pensei acerca dessa mania maníaca (no sentido patológico da coisa, talvez) que tenho de sempre³ colocar-me no centro do universo. Diversas vezes escrevi/refleti sobre isso, pois de acordo com minha maneira de pensar, sou sim o centro do universo. Ora bolas! Não convivo em tempo integral comigo mesma? Não sinto tudo o que sinto, vejo tudo o que vejo, e vivo tudo o que vivo? Quem mais, além de mim, para ser o centro do universo, meu deus?!
Sendo assiiiim...acho mesmo que o mundo(o meu) gira em torno de mim.
O que é um erro, é pensar que o mundo das outras pessoas funciona da mesma maneira.
Porque, po...os meus amores, não são só meus.
Queria que fossem, e essa é possivelmente uma das causas de tanto sofrimento dentro do meu coraçãozinho amargo.
Mas isso é assunto pra outro post, pois esse já ficará enorme.

O fato é: essa letra, que acredito ser 'de mim pra ele', não faz tanto sentido, já que há outra pessoa cuja letra parece pertencer bem mais. Papinho chato né.
Também acho.
É bem mais um desabafo.

Tudo isso, pra dizer que tive hoje, a sensação de que meu amor amadureceu.
E junto com ele, eu também.

(agora, ouvindo Yolanda - essa música é de foder com minha vida...rs...)

Então...em alguns momentos pensei que o amor estava indo embora.
Mas não. Ele apenas está amadurecendo.

Se não sofro mais pensando no passado, em coisas que já me fizeram sangrar por dentro, apenas compreendi que isso não muda o presente, visto que um dia será passado também.

Se quando penso nos resquícios de um amor da pessoa que amo, acerca de outro amor, por mais que isso possa parecer insano, não me parte mais o coração, pois tenho certeza do amor dele por mim.

As 'humanices' estragam o amor.

Sempre fui extremamente possessiva, ciumenta, vingativa e todas as características que uma escorpiana pode ter (coincidentemente, ou não). E após muito sofrer, muito descabelar-me, e muito perto chegar da loucura, hoje consigo ter uma percepção mais leve das coisas.

Não tornei-me insensível.
Nada disso...
Apenas compreendo com um pouco mais de clareza que o ser humano não pode pertencer a ninguém, quanto mais ser controlado, podado, ou limitado.

Isso de pedir/exigir que alguém não faça algo é um absurdo.

As pessoas têm que fazer aquilo que têm vontade/desejo/necessidade, e isso independe de qualquer acordo/relação com outra.

Nascemos sozinhos, e morreremos sozinhos.

Não importa se somos casados, temos que fazer o que temos vontade. Claro que respeitando o limite alheio e tudo mais.

Olha, essa papo me cansou.

O post ficou TOTALMENTE diferente do que pensava.
Mas não vou apagar não.
Deixa aqui essa merda.

¬¬
(informação 'importante' para psicólogos e psiquiatras de plantão: separei em duas cores o post, onde fica claro - para mim - o momento em que meu humor - que estava ótimo -  desabou e a angústia tomou conta, tornando o post sacal e irritado)

1. Gente, olha o tamanho dessa ameixa! Parece mais uma maçã!! (a-do-ro ameixa!!)  (L)
2. Porque meus dedos parecem pertencerem à uma mão de alienígena? Coisa mais esquisita oO
2. Unhas = café + jabuticaba. Achei lindíssima essa cor...pena que na foto não aparece direitinho como é.

Então...hoje é sexta-feira, e em Aracaju ainda chove. Não muito, não vejo mais ruas alagadas e todo aquele caos.

Hoje estou tão bem vestidinha! O frio faz com que as pessoas vistam-se melhor, né?!Pena que não tenho um máquina decente pra tirar uma foto...snif.
Isso é um pequeno e válido sinal de melhora da minha auto-estima, que ultimamente anda um lixo. Está mais para auto-desprezo. Hunf. 

Poxa... normalmente de manhã, no looongo caminho da minha casa até meu trabalho, minha cabecinha fervilha em pensamentos,idéias e reflexões...então fico logo pensando que postarei sobre vááárias coisas que acredito serem interessantes/importantes/relevantes (para mim, no futuro) ou qualquer coisa do gênero e simplesmente quando chego aqui, envolvo-me com outras atividades e esqueço de tudo o que pensei. Loucura...

Até poesias, e várias viagens eu crio na mente bem cedinho, mas depois evaporam e nada no mundo me faz lembrar. Uma boa solução para isso, seria anotar as coisas que pensei, para depois ter apenas o trabalho de desenvolver aqui no blog, mas eu fico super enjoada quando leio/escrevo/assisto alguma coisa dentro do carro.

Shit!

Aí fico assim, escrevendo um monte de nada por aqui.
zzzzzzzzzz....
zzzzzzzzzzzzzzzzz....
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....

Realmente estou com MUITO sono.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

- Senhor dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Eu ando pelo mundo...

...prestando atenção em cores que não sei o nome.."

Em Aracaju ainda chove.
E segundo a previsão, continuará essa palhaçada até domingo.
Olha, eu adoro frio, dias cinzentos, acontece que em Aracaju, chove, e continua quente!
Shit!

Ontem estava tão desanimada, mas tããão desanimada, que pensei que hoje nem levantaria de manhã, mas acordei melhor.

Veremos até quando né.
Minha vida é uma montanha russa.

¬¬

.saco sem fundo.

Título um pouco exagerado, confesso.
Estou fazendo tudo errado.
Quem quer emagrecer não come pão. Isso é fato, minha gente.
E eu não estou apenas comendo pão, como estou comendo 4 por dia.
Eu estava muito bem sem essa delícia cheia de carboidrato, mas não sei o que houve, acho que fui abduzida e desde então não há controle nenhum em relação a isso (e outras coisinhas mais).

Antes eu chegava em casa do trabalho, e antes de ir pra faculdade comia um iogurte com granola, ou barrinha de cereal, ou fruta, ou uns biscoitinhos integrais.
Desde segunda-feira (dia mundial do começo de qualquer dieta), chego e como DOIS pães de hamburguer, hiper-recheados com requeijão e duas fatias de queijo processado polenghi. Não um, nem um e meio, mas DOIS.
Coloco naquela sanduicheira/grill e vráu. Detono-os sem dó nem piedade.
E depois fico me sentindo um lixo, mas SÓ DEPOIS, pois durante a apreciação da delícia, só consigo pensar em comer outro, e outro, e mais um. 

Shit!!!

Pelo menos (que coisinha mais medíocre essa história de 'pelo menos', affe!!) estou tentando me exercitar um mínimo (o que é possível)...chego da aula e subo os 6 andares de escada, faço abdominais em séries de 20, intercaladas com exercícios para perna. Mas não tenho nenhum pesinho, então vai só na boa vontade+pensamento positivo mesmo.

eu já falei o quanto eu ODEIO pessoas que assobiam?
eu seria capaz de ma-tar alguém.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pútzgrílameuô!

Conversa com um colega de trabalho canalha, após  o momento em que ele viu a foto do meu template:

- Nossa, quem é essa? (sorrisinho babaca estampado na cara)
- Eu ué ¬¬ (cara de cú)
- Nossa, tem certeza? (sorrisinho babaca...)
- NÃO. Estou na dúvida...¬¬ CLARO que eu tenho certeza. (cara de cú³)
- Nossa, que diferente. (sorrisinho babaca e cara de interrogação)
- É, eu estava uns 5/6 quilos mais magra. (muita, MAS MUITA cara de cú)
- Ahn...deve ser isso. (...)
- É, deve ser. ¬¬ (...)
- É...diferente né?! (...)
- É. Mais alguma coisa? (cara de ''vou arrancar seu olho com uma colher'')
- Não,  não... (cara de medo)
- Então tchau. (ainda quero seu olho)
- Credo...tchau. (retirando-se calmamente)

Puta que pariu, meu lôro!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aracachuva.

Bom dia!!!!!

Em Aracaju chove. 
Chove muito.
Desde sexta-feira que não para desaguar sobre nossas cabecinhas, e o caos instalou-se na capital sergipana. 
Tá...exagerei um tiquinho. Na verdade o caos até que se instalou, mas de fato, meu habitat não foi assim...deveras afetado (somente sexta-feira quando, após fazer minhas lindas unhas com esmalte café/vinho/jabuticaba o canal em frente ao salão e à minha casa ter transbordado, transformando então a avenida em um belo e saudável rio de água límpida ¬¬ obrigando-me a pegar carona com um estranho para que pudesse chegar em casa sem leptospirose).

Final de semana legalzinho...
Sexta-feira fui em uma balada onde tocou forró e sertanejo - tudo o que eu mais a-mo no mundo ¬¬ (kkkkkkkk)
Mas foi divertido po!!!
Confesso que a quantidade de vodka ingerida colaborou consideravelmente no processo de adaptação e aceitação do ambiente em questão.
Confesso também que acordar sábado foi um momento inesquecível.
Ressaca dos infernos...rs...mas tudo sob controle. Nada que muita água e um miojo bem saudável não pudessem resolver.

E dá-lhe chuva. 

No momento em que vos escrevo, cai água do céu como se alguém lá em cima estivesse de sacanagem com a nossa cara, porque simplesmente NÃO PÁ-RA.
Tudo bem. 
Bela oportunidade para usar minha botinha querida, em uma cidade onde usar bota é piada, e de mau gosto! Adógo.

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Gostaria de dedicar meio post (não que desmereça um post inteiro!!) ao filme A Ilha do Medo(Shutter Island) direção de Martin Scorsese.

Olha, quem não gosta de filme de suspense/denso/marcante/dramático/tenso/darkness/intrigante nem assista.

Tá aí um filme que mexeu comigo. Não assim mexeeeeu a ponto de me tirar o sono, mas me deixou meio abalada.

Pra começar o DiCaprio com sua atuação maravilhosa (eu realmente acredito que ele seja um dos grandes da ''nova geração'' e que não perde nadinha para De Niro/Pacino, claro que faltando um pouco de chão, enfim...)
Não trata de uma história incrível, inovadora, nem nada disso.
Mas a direção do Scorsese é realmente de trincar os dentes.
Não vou falar sobre a história aqui, porque com certeza eu estragaria o filme para quem ainda não assistiu, hehe...

E confesso que depois de assisti-lo, fiquei meio preocupada com essa questão de sanidade.
Como a mente humana é poderosa e frágil ao mesmo tempo.
O que fazer diante de um ser que perde-se em meio à uma realidade criada por uma mente doentia ou apenas sem condições de enfrentar as coisas como de fato são.
E como será que as coisas são de fato?
Quem teria certeza do referencial de realidade?
Porque sinceramente, eu não tenho.
Claro que vivemos em sociedade, com regras, e condutas aparentemente adequadas, e se nos enquadramos, cremos que está tudo certinho.
Mas, será que está mesmo?

Como ter essa certeza?
Certeza assim, absoluta?
Porque quem é louco, não acredita que é.
E se alguém é considerado louco e tenta mostrar que não, ninguém acredita que não é.
Então como ter certeza? Como estar seguro? 
 Como confiar em si mesmo?

"é melhor viver como um monstro, ou morrer como um homem bom?"










segunda-feira, 5 de abril de 2010

Preto emagrece.

Aqui se faz...

aqui se paga.

Nem lá nem cá, aqui mesmo.
Nem tão cedo, nem tão tarde. Quando vem, vem mesmo.
E a gente tem que aguentar. 
Ainda mais a gente que sabe exatamente o que e porquê de tudo.
Ainda mais a gente que é tão consciente que se perde no meio de tanta certeza.

Porque o fato de compreender algo, não me faz sofrer menos diante dos fatos.
E minha fibra, minha força e minha maturidade me deixam na mão quando os sentimentos afloram cegando-me e tornando-me insana.
InsAna.
insANA.
Tudo bem, tudo  bem...
Vai passar. Sempre passa.
Na verdade já passou.

Minha cicatrização se tornou fantástica. 
Mal parou de doer, e já está quase fechadinha essa ferida.
Eu tenho uma maneira engraçada (?) de testar o quanto dóem minhas feridas.
Eu cutuco, inicialmente na beiradinha, e conforme vou aguentando, vou aprofundando, até enfiar o dedo lá no fundo dela. 
Dói, mas eu aguento. 
Pronto...já já passa.
E passa mesmo.

Aí o tempo passa, e eu quero saber como anda aquela dor. 
Volto lá e cutuco.
Faço questão de lembrar das lembranças mais ardidas, das palavras mais doídas.
Praticamente jogo suco de limão com sal, bem em cima delas...e aguento.
Pronto. O pior já passou.

E assim vou seguindo, sempre em frente.
Olhando pro retrovisor, só pra constatar que o que passou passou, só pra confirmar que tudo aquilo aconteceu, mas ficou para trás.

.
.

Só não me deixo esquecer que o mundo dá voltas.



quinta-feira, 1 de abril de 2010

Na terceira pessoa?

Não, eu não gosto e não preciso falar de mim na terceira pessoa.
 - a não ser que esteja fazendo graça.

Para começar porque eu não me sinto confortável quando minha prepotência se mostra assim, tão em evidência. 
Existem dois tipos de pessoas que falam na terceira pessoa: aquelas que se acham e aquelas que têm medo.

Não me acho. Não mesmo. Ostento sim esse ar de superioridade, até uma arrogância pretenciosa que não me pertence - eu juro - mas insiste e me rodear onde quer que eu vá, e vez ou outra chega nos lugares segundos antes de mim, o que impede qualquer chance de defesa quando julgada antes mesmo de ser reparada em um segundo  segundo. Sem problemas. Já foi um dia, pode ser que volte a ser. Hoje não é.

E medrosa não sou. 
Não mesmo.
Falo, e falo mesmo.
Não me pergunte, porque eu respondo!
Árduamente criticada pela minha maneira de dizer a verdade - a minha, é claro - para quem quiser ouvir, e para quem não quiser também. Não minto, não consigo, não gosto.
Claro que minto para me safar, mas é tão difícil de acontecer que não consigo no momento buscar em minha memória algum exemplo. 
(acabei de lembrar...conto depois! rs...)

Não tenho vergonha de mim, de minhas loucuras, das criancisses, das insanidades, das babaquices, tão pouco dos meus sentimentos sempre à flor da pele, de vez em quando nada nobres, confesso.
Tá bom, tenho vergonha de vez em quando, e tenho medo de que as pessoas gostem menos de mim, ou me achem muito idiota, ou sei lá. Mas isso não me impede de ser como sou. Não estou dentro do armário para nada. Não sou recalcada, não vivo aquele eterno "ah, um dia eu ainda...". Não. Hoje, agora. Eu quero, eu faço.
Pera aí. Não estou dizendo que sou feliz com meu jeito de ser.
Claro que gostaria de ser diferente. Óbvio que gostaria de ser mais calma, tranquila, não apenas saber a hora de não falar, mas conseguir não falar.

Falo e falo mesmo.
Grito, e sei que não devia. 
Mas grito a verdade, o que sinto, e o que penso.
Gostem ou não, concordem ou não, aceitem ou não.
Perco a razão, muitas e muitas vezes, quando a forma com que falo sobrepõe o que tenho a dizer, e coloco a perder tudo de certo que tenho em mim, pois com minhnagrido com minha aspereza ouvidos e sensores de seres pouco compreensivos quase sempre.

Tá vendo?
Já está achando que tudo o que eu escrevi foi com aquele ar de "sou assim e não vou mudar".
Nada disso.
Falo com um pouco de penar, porque sei o quanto isso me custa.

Vou ao 'médico' e falo a verdade.
Não enrolo, não nego, todas as perguntas eu respondo (mesmo as irrespondíveis).
Mesma coisa na faculdade. Se não faço um trabalho, digo que não fiz. Se copiei a lista de exercícios de alguém que teve tempo (e capacidade..rs..) para fazer, dou um jeito de falar para o professor, por mais burrice que isso possa parecer/ser. Sinto que preciso, sabe...acho que, como nunca fui punida por isso continuo a fazer. Quem sabe um dia um professor solte "ah, não foi você quem fez? então nem me entregue, porque se entregar, receberá um belo zero".
(se eu fosse professora, assim faria)

A grande verdade é que sou uma grande verdade.
Estampada em alto-relevo com cores neón.
Quer saber? Pergunte.
Quer entender? Basta olhar na minha cara de pau, está tudo aqui, talhado nesta madeira clara e ôca.
Compreendendo que não estou satisfeita com o que sou, mas tenho a convicção de que sou o que sou

Odiada e rejeitada.
Amada e acolhida.
Nem sempre um, nem sempre outro.
Mas assim sempre.