domingo, 27 de fevereiro de 2011

sou uma praga faraônica
neee
seja lá o que isso signifique
o caos
destrutiva
nociva
venenosa
não sou humana


acho que não
cansei dessa vida, nessa terra
nessemundo

cansei de ser eu
de ser má
de ser má


quero voltar pro limbo

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

nos bailes da vida

(...)

Mas olha, é sempre muito bom conversar com você...e eu estava justamente naqueles dias em que me sinto meio perdida, meio sem rumo
Mas não estou triste, juro que não!
O pessoal está organizando a formatura, e isso me dá uma alegria muito grande, pois saber que vou poder colocar a música que eu vi no primeiro dia
de aula no Iesb, no curso de Direito, em um vídeo dos formandos, na MINHA formatura, é bom demais.
Eita, esse parágrafo ficou confuso, rs...

O que eu quero dizer é que falar com você sempre me conforta e me dá uma sensação de caminhos abertos...isso é muito bom.
Meeesmo.

Quanto aos planos de viagem, emprego, desemprego, novas oportunidades, também foi bom para que novas idéias surgissem e um ânimo a mais para retomar os planos, contatos, e devaneios...

Sei que tenho uma família fantástica, mesmo estando longe e tudo mais...

Fiquei muitooo feliz (...) merecem demais curtir os frutos de tanto trabalho e suor...

(suór?! suor?! çuór!)

É engraçado isso, porque eu sinto que você sente uma coisinha, tipo um apertinho no peito toda vez que a gente conversa sobre a vida, porque você não me vê, né...
Então ficamos naquela de "é, sabemos que nos amamos muito, e fazemos o possível para viver esse amor de pai e filha e eu fico puta porque (...), mas eu sei que você sente-se na obrigação ?!?!?! de viabilizar esse tipo de coisa pra mim também (...)

ai mel dels do cél...

Tá.
Eu te amo muito.
E você é foda.
Sempre falo que meu pai é foda, e queria que as pessoas entendessem.
Mas não tem como.
Tá tá...

Tô de saco cheio do meu trabalho.
Tô de saco cheio da pobreza.
Tô de saco cheio da minha herpes - dizem que é emocional..
Tô de saco cheio de não saber o que quero da vida.
Mas tô bem feliz.
Bem feliz mesmo.

Hoje de manhã me dei conta de que vou fazer 25 anos.
Definitivamente não sou mais adolescente - e isso DEVE ser tratado na terapia, porque eu não consigo me aceitar como adulta.
Bem dessas, de não querer crescer mesmo.
Não quero responsabilidades, não quero decidir, não quero ter que pensar.

É como se eu precisasse da vida em um filme dublado, pra assistir de ladinho pra parede.

Mas sei que não dá.
Sei que preciso fazer isso e aquilo outro.
Mas acho que to fazendo...
E sempre que me pego achando que estou fazendo minha parte, percebo que nem estou fazendo, que era pra eu fazer/ser muito mais.
Tenho capacidade pra estar em um emprego bem melhor que esse, e de ser uma boa profissional em qualquer coisa, mas eu NÃO QUERO estudar, nem trabalhar,  porque eu tenho PRE-GUI-ÇA.

E me sinto um cocô por isso, quando vejo o tanto que vocês trabalham...e eu simplesmente tenho preguiça.
Mania de deixar a vida pra depois.
Daqui a 25 anos terei 50.
meio século.

E espero ser feliz.
E ter dinheiro.
E me bastar.
E ter um marido fiél.


Ai meu deus, que e-mail louco.

te amo.

tchau!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

torta,
vezga,
triste.

Stand by me...

Pois é...mais uma vez olho pro espelho e vejo uma putadumamentira.

Mas olha, dizem que a pior mentira é aquela que contamos para nós mesmos.
Sendo assim, não tem tanto problema fazer algo errado, se isso for sincero pra mim, certo?
Tá.
Errado, ok.

Bom, o que mais importa nessa história toda é que existe um submundo muito, mas muito divertido, e mesmo que seja errado, é uma délicia, e engraçado, e gostoso, e hilário, e engordativo, e surreal.
Submundo de macarrão com camarão, muito queijo ralado e pimenta calabresa, vinho e incensos.

Não, eu não acredito em nada disso.
Não, eu não estou esperando que nada venha do lado de lá.
Porque, né?!
Se a esta altura da minha vida eu ainda acreditasse em conto de fadas, algo estaria bem errado.

Não que não esteja errado, porque está.
Mas quer saber? Eu não me importo.
Mentira, me importo sim.
Mas não é por me importar que vou deixar de viver.
Porque olha, a vida é isso mesmo, o ser humano não presta, a vida é curta, o ser humano não presta.

Não presta velho(!), e não adianta dizer o contrário.
E talvez meu maior problema de toda a vida é o confronto com a realidade de que EU sou humana, e 
acabo compactuando com um monte de merda, só pelo fato de existir onde existo.

Não, eu não estou chateada, indignada, irritada, tão pouco decepcionada com nada e ninguém.
Tudo isso já aconteceu, eu sobrevivi e a lição que ficou foi suficiente para eu aguentar todo o peso que couber no que me resta de consciência.

Pouco me importa o julgamento alheio, pois já aprendi que o julgamento que mais pesa é o meu.
Danem-se as convenções sociais, pois já aprendi também que no final do dia, a cabeça no travesseiro com insônia ou chapada de valium, é a minha - e NINGUÉM vai me balançar pra eu dormir.
E quer saber mais o que?
Deus não está aqui pra castigar ninguém.

Só eu sei o que me custa ser eu mesma.

Don´t say a prayer for me now...

Save it 'til the morning after...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

hoje

hoje foi dia de saudade. muita saudade.
hoje foi dia de pensar em escrever um livro e depois repensar que não há nada pra ser escrito
hoje foi dia de deprimir e comprimir aqui dentrinho tudo isso que eu sei que não tem remédio

e para o que tem remédio, o mesmo foi tomado.
e no pó de guaraná não acredito mais.

como pode?
algumas coisas aprendo tão facilmente, e outras me custam as tripas para aceitar...
eu aprendi rapidinho que pó de guaraná não funciona para me tirar o sono,
mas sou incapaz de aceitar que eu não preciso de alguém para me tirar essa sensação de
...
de..

de sei lá o que.


eu já nomeei de tanta coisa essa coisa aqui dentro, mas acho que  na verdade não é algo que há, e sim algo que não há.
a falta, o vão, o eco³...
o tal do vazio

vazio.

como me irrita essa palavra.

credo ¬¬

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Paciênciando

Quarta-feira

Acordo 05h15.
Saio de casa 05h47.
O carro me pega 05h53.
Chego na empresa 07h00.
Trabalho até 16h39.
Chego em casa 17h45.
Tomo banho, troco de roupa.
Saio de casa caminhando às 18h05.
Vou andando para a faculdade.
Pego chuva.
Chego na faculdade 18h55.
Assisto aula até 20h25.
Pego ônibus 20h38.
Chego em casa 20h56.
Estou sem a chave de casa.
Vou até a Unit buscar a chave com a Paulinha.
Volto pra casa.
Sorriso no rosto e gingado do verão.
Faxino a casa e lavo o banheiro.
Tomo banho.
Deito na cama.
Continuo suando.
Durmo feliz.
Muito feliz.

Psiquiatrando

Quarta-feira.

   18h05, fumando meu cigarrinho da espera (pois há vários tipos de cigarrinhos...) após chegar pontualmente no consultório do meu psicanalista e ser avisada que haveria um "pequeno" atraso, pois houve uma chamada de emergência (e blablablá) eu desço para a praça em frente e sento-me em um banco.

   Ligo para minha mãe como de costume, para matar a saudade sentir-me menos sozinha neste mundo cruél.
Eis que um senhor com um ramalhete de flores nas mãos aproxima-se e para em minha frente.
Continuo falando ao telefone como se nada houvesse. O cavalheiro pede-me um cigarro, e com paciência e cortesia seleciono algum de minha carteira e entrego-lhe.


    Neste momento o senhor senta-se ao meu lado e mostra-me o ramalhete, como que com intenção de dar-me (e eu ao telefone com minha mãe). Pego as flores educadamente, e digo gentilmente:
   - Senhor, estou ao telefone, pode me dar licença?

Ele, ignorando o que eu disse continua sentado, e segura o cigarro apagado com a boca.
    - Senhor, quer que eu ascenda o cigarro, para que possa me dar licença?
(minha mãe ainda ao telefone, sem entender PICAS do que está havendo)



Continua a ignorar-me o amável senhor, e então eu lanço um olhar gentil e praticamente sussurro as seguintes palavras:
    - Senhor, talvez não tenha percebido, mas estou ao telefone. Queira me dar licença, por favor.



Eis que decidindo interromper o silêncio que me assolava, o bondoso e sóbreo homem me diz com convicção:
      - Tudo bem, eu espero.

...


Oi?! Eu espero? EU ESPERO?

Ah tá, que bom que o senhor está disposto a esperar.
Até porque, né?! 
Tudo o que eu mais quero na minha vida, é conversar com um estranho BÊBADO, inconveninente e fedido - depois de um dia de cão.


Beijos, gato.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

ENTRE ASPAS

é incrível como há pessoas que pensam/sentem quase igual...pelo menos expressam quase igual...eu li, e me ouvi em cada palavra.tirando o metrô, porque em aracaju não temos um.

(acho tão estranho quando falo que "aqui em aracaju",porque de certa forma eu não me sinto morando aqui... mas isso é assunto pra outro post, ou não.) 

e olha, de covardes, já estou farta!


não há nada que me tire mais do sério do que a incerteza. minha vida pára. eu não respiro. odeio quando não me respondem emails. odeio quando somem e não atendem telefonemas. não quer falar? atende e manda tomar no cu. mas me deixar em standby é a coisa que eu mais odeio na face da terra, excetuando talvez metrô em horários de pico, acessos de buzina e coisas encaixotadas.
não me venham com incertezas.
se for fazer, faça. diga. pode ser desconfortável, mas pelo menos é honesto. nestes casos, o silêncio é quase uma mentira, além de uma covardia sem tamanho. de covardes eu já estou farta."

Retirado do Blog da diva Clarah Averbuck .

saco

cheio.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Preciso registrar

...que mesmo depois de tudo (e acredite, tudo é muita coisa), parece que ainda não aprendi como devo lidar com determinadas situações.

Porque olha, o tanto que já foi dito, o tanto que já foi sentido, que já foi explicado e vivido...
e eu ainda não aprendi?

Puta madre!

O que mais falta?
O que eu preciso fazer pra mudar essa coisa dentro de mim?
Essa coisa que permite que eu perca o foco desse jeito por tão pouco
Essa coisa que me faz mergulhar na imaturidade a ponto de não conseguir andar para frente...
Parece óbvio, que andar seja pra frente, mas não sei como absorver o fato de que eu não preciso de ninguém para que minha felicidade/estabilidade emocional mantenha-se no eixo.

FUCK!

Hoje acordei descrente...

não triste, nem nostálgica, mas descrente.
uma sensação de descontrole perante a vida
mas também com o vazio deixado pela incerteza,
a ausência de algo ou aluguém em quem acreditar,
em quem confiar meu tudo...

esse alguém teoricamente deveria ser eu
e acho que no fim das contas é isso mesmo:
sou eu a responsável pelo meu ir e vir
pelo meu chorar e sorrir,
bem como pelo levantar após cair.

mas e o resto? e as garantias?
se não elas, ao menos o conforto de ter com quem contar...
é disso que eu estou falando: da descrença em algo maior.
e ao mesmo tempo sigo punindo-me pela blasfêmia
esta que foi incrustada em meu saber,
em meu aceitar sem conhecer
em meu acreditar sem questionar e até
agradecer sem saber a quem...

entendo e aceito o belo como belo
compreendo que o outro não há de ser perfeito, bem como eu
mas e as nuances? e as  tonalidades e ardores de tudo isso que eu sinto aqui dentro,
que me causa tormenta aqui , euforia ali...
em que mãos estão as rédeas daquilo que não se vê?!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011