sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Hoje acordei descrente...

não triste, nem nostálgica, mas descrente.
uma sensação de descontrole perante a vida
mas também com o vazio deixado pela incerteza,
a ausência de algo ou aluguém em quem acreditar,
em quem confiar meu tudo...

esse alguém teoricamente deveria ser eu
e acho que no fim das contas é isso mesmo:
sou eu a responsável pelo meu ir e vir
pelo meu chorar e sorrir,
bem como pelo levantar após cair.

mas e o resto? e as garantias?
se não elas, ao menos o conforto de ter com quem contar...
é disso que eu estou falando: da descrença em algo maior.
e ao mesmo tempo sigo punindo-me pela blasfêmia
esta que foi incrustada em meu saber,
em meu aceitar sem conhecer
em meu acreditar sem questionar e até
agradecer sem saber a quem...

entendo e aceito o belo como belo
compreendo que o outro não há de ser perfeito, bem como eu
mas e as nuances? e as  tonalidades e ardores de tudo isso que eu sinto aqui dentro,
que me causa tormenta aqui , euforia ali...
em que mãos estão as rédeas daquilo que não se vê?!

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