mouthful of cavaties

Ouvindo Blind Melon como há muito tempo não o fazia...

Nostalgia esquisita.

Sinto os cheiros, as cores, os sabores, os dessabores, desafores e desamores.

Mas quando ouço Soul One me vem um riso engraçadinho, de canto de boca, e junto a uma lembrança de que algo bom foi vivido.

Lá no passado. 

Lá no tempo em que eu pensava que plataformas de petróleo eram barquinhos. 

Lá quando meus malabares rodopiavam nos ares aracajuanos, enquanto o ar, o mar e a areia eram novos e brilhantes...

E é assim que estou enxergando o hoje.

Enxergo pelo prisma de amanhã. 

Olho para o fim de semana que está por vir, como algo que, no futuro será uma lembrança com risos de canto de boca, pois não há de ser nada tão ruim assim.

E por pior que seja, um dia será lembrança, ou nem isso.

Acredito que nem isso.

Assim como agora olho para ontem (o dia de ontem) com uma sensação de "putz...e nem é tudo isso".

Não com o menosprezo de quem sente-se bem ou mal, mas com a maturidade de quem sabe que nada é tudo isso.

Ninguém é tudo isso.

Portanto, o dia começou sereno, quase não querendo começar - mas não por dor, e sim por sono, muito sono!

Isso é um bom indício de que está tudo bem, tudo normal.

E o telefone não vai tocar.

Essa certeza me deixa mais tranquila.

Porque foda é acreditar que ele vai tocar, e acabar com a bateria de tanto ascender o display, só para conferir se não tem  nenhuma mensagenzinha ou uma ligação, quem sabe. Isso sim é um crime contra a sanidade de qualquer pessoa! rs...

Não hoje. Não comigo.