Tanta coisa que tanto faz, e ainda estou aqui.
Acho que estarei para sempre, e esse sempre me assusta um pouco.
Olho para minhas mãos e elas costumam ser um referencial de realidade.
Muitas vezes elas foram aquilo que me trouxe de volta.
(talvez pela semelhança que elas têm com as da minha mãe)
Keane me leva a outro plano, e estou um pouco confusa, confesso.
Confesso que não estou sofrendo e isso me soa tão pouco familiar, que sinto um pouco de medo da pessoa que me tornei ao longo dos meus poucos e extensos anos.
Minhas reflexões se mantém confusas e esclarecedoras ao mesmo tempo.
Sabe...não me contento com nada esclarecedor, porque logo tudo muda novamente
(acho sim, que essa é a graça da vida)
Tenho vivido cada dia, como orientado.
Um dia de cada vez, fazendo as coisas com calma, as escolhas certas e carregando o otimismo ensinado por tantos gênios da vida.
Meu otimiso é formado por areia, e o carrego em uma bolsa de palha.
De vez em quando alguém vem e me entrega um punhado...
Em outros momentos corro sem direção, em círculos e quando me dou conta só restou poeira.
Me pergunto (entre outras milhões de dúvidas que são como trilha sonora em minha vida) onde é que esse medo todo vai me levar. Medo de tudo, o tempo todo.
Se penso algo ruim, tenho medo de acontecer, e junto com este medo vem outro, carregado de responsabilidade que acredito ter.
Se faço algo ruim, tenho medo de ser punida por sabe-se lá quem (Quem?!)
Se assisto algo ruim tenho medo de que aconteça comigo.
Se sonho algo ruim tenho medo de se tornar real.
Mas não estou triste.Não estou sofrendo. Não estou com medo.
E isso me dá um medo...
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