terça-feira, 29 de setembro de 2009

sono eterno em filosofia barata

Segunda-feira na terça-feira. Que maravilha!

Chico Buarque contribui para que às 15h57 sinta-me um pouco melhor diante dessas dores todas.

Meus músculos dóem, meu peito dói, minha saudade arde.
Nada de tristeza, eu acho.


Yolanda...de fato o suficiente para a tristeza até então negada brotar e evaporar pelos meus póros.
Quanta saudade...saudade de um tempo que nem acredito que existiu.
Familia...passado...que nostalgia.


Preciso resolver essas questões todas, mas...que questões são essas?
Tudo mudou tanto, a cada dia que passa muda mais e mais, e incrivelmente sinto que nada muda.

Além do sono real, estou sentindo aquele sono de pra sempre, sabe?!
Um sono de vontade de dormir pra sempre...acordar só quando tudo tiver passado...tudo o que?
Estou no auge. Auge da minha vida, auge do meu crescimento, auge do meu equilibrio, auge da minha ''maturidade'' nesse finalzinho de adolescência...segundo fontes confiáveis ainda tenho uns dois anos de adolescência passível de justificativa.

Quem se importa (?!)...


Eu me importo?
Acho que às vezes sim...quando preciso de uma boa justificativa para minhas atitudes nada justificáveis, esse papo de adolescência até que cola.


Pronto - Smiths. Isso sim é uma dose quase alucinógena de sentimentos. O tal '' vruhh '' que Morrissey desperta dentro de mim parece ser infinito. Acho que daqui a 30 anos escutarei essas músicas e sentirei como se tivesse no meio da confusão adolescente...


Tanta coisa pra dizer, e tanta falta de '' para quem dizer '' que esse blog me faz sentir vergonha de tentar.
Tentando superar a vergonha de um blog, prossigo com minhas reflexões nada úteis, muito menos organizadas...


Eu gosto de registrar esse tipo de coisa,o foda é que lá na frente, quando eu for dar uma olhadinha em '' como era mesmo que eu pensava quando tinha ... anos'' ?!, eu me deparo com os mesmos sentimentos vários anos depois. Acho que sou o cúmulo da estagnação (essa palavra existe?!)


Claro que evoluí...fazendo uma análise lógica e racional dos fatos eu evoluí bastante até, e posso dizer inclusive que sou outra pessoa. E daí?
E daí se minhas dores são as mesmas? 
E dai se meus medos são os mesmos?
E daí se minhas pendências continuam aqui me pinicando e parecem intermináveis...

Qual o problema em resolver as coisas, em enfrentar, em de fato ser essa pessoa '' forte e corajosa'' que as pessoas tentam me convencer de que sou?!


Saudade da Isis...não sei como ela anda,não sei como eu ando.
No momento sinto sono, muito sono. 
E o pior é que junto com minhas lamentações,bem coladinho mesmo vem um sentimento que não me permite sequer pensar em reclamar.
Esse Deus que eu inventei é meio carrasco, por mais maravilhoso que eu desejo que seja.
Um sentimento infernal de que não posso ser humana, normal, e triste.
Toda vez que me passa pela cabeça reclamar ou sentir aquela ponta de desejar mal pra qualquer ser que seja, vem junto um medo de punição, um medo de ser castigada. Porra...mas que saco isso!
Porque eu não posso simplesmente pensar e deixar os pensamentos passarem?
Porque eu sempre fico presa nos '' eu deveria, eu poderia, eu não devia, será que se...'' ?!
Eu cobro de mim uma conduta adequada, e ao mesmo tempo eu convivo comigo mesma, e minha série de condutas nada aceitáveis diante de um padrão que eu estabeleci como ideal.



Quem é meu modelo?
Quais são as pessoas que me inspiraram ?
Que pessoas são essas que me fazem querer ser igual?!

Que bosta de sensação quando eu responso pra mim mesma em pensamento...
Quando olho lá pra trás e vejo que hoje sou um pouquinho de cada pessoa que passou em minha vida, e vejo que essas pessoas mudaram, e eu ainda estou seguindo seus modelos antiquados...

Quem eu quero ser?
Como eu quero ser?
Com quem eu quero parecer?


Esse papo de '' seja você mesmo '' é uma piada...porque ninguém é si próprio.

Nossa, isso ficou meio louco, mas é o que eu penso.
Não o que eu acho, mas o que eu penso.
Tendo 'minha pessoa' como referência.
Eu não sou ninguém. 
Até cheguei à conclusão de que sou porque pude responder algumas perguntas que, de acordo com uma listagem do que era necessário ter/fazer para ser, eu me enquadrei em alguém que existe.

Mas para quê existo?
Porque sempre para alguém, sempre por alguém, sempre com um público alvo...

Porque o público alvo nunca sou eu?
Porque nenhum passo dado por mim é para EU chegar a algum lugar, mas para que alguém me veja chegando...
Haja terapia para me ajudar a entender essa pessoa que me tornei...logo eu...logo eu...


Sono eterno de uma noite sem dormir.

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